segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Apenas Eu


Nada sou, talvez seja uma borboleta pousada em uma flor.
Talvez eu nada seja mesmo, mas talvez seja a esperança.
Talvez eu seja a borboleta que se transformou
Talvez eu seja a esperança que não morreu,
E, talvez, eu seja apenas eu.
Sandra Borges.

UM POUCO DA MINHA LOUCURA

Quero realmente começar a ver o mundo com outro olhar, talvez não com o olhar mais favorável aos outros, mas dessa vez com um olhar mais favorável a mim. Tentar enxergar um pouco melhor em cada situação, aquilo que me fará não sofrer ou sofrer um pouco menos. Aprender a fazer da perda uma recompensa, da queda uma pausa pra retomar o fôlego.
É sempre muito difícil recomeçar. Não sei se por ter que deixar algo de mim para trás, ou, por que não sei o que encontrarei nesse novo rumo, nesse novo caminho que a vida está me oferecendo. Tem coisas de mim que não queria me desfazer, sentimentos, emoções, reações, porém pra seguir esse itinerário, tenho que realmente me despir de mim, me descarnar do tudo que sou, me tornar outra pessoa, uma que talvez nunca tenha sido sonhada por mim como modelo a seguir, mas com certeza uma que conseguirá não só sobreviver, como também viver melhor, nesse mundo em desalinho.
Sempre contive minhas reações pra não magoar as pessoas, sempre tentado ser o mais justa possível com os outros, porém sendo o meu maior carrasco. Mas sempre agi assim por achar "certo", o correto, mas agir assim foi ineficiente, pois não consegui evitar magoar as pessoas e nem evitar me magoar. Nos últimos tempos eu mingüei tanto, me esvai tanto que quase não era mais que uma carcaça humana caminhado no mundo.
No momento estou me vestindo de novas atitudes, novas reações, porém novo mesmo é só o ato de por essas emoções pra fora do meu ser, por que dentro de mim todas as mazelas dos seres humanos são conhecidas principalmente as minhas.